«Tomara para o ano fazer a mesma coisa» - Jorge Jesus

O treinador do Benfica referiu que a equipa não morreu na praia e espera repetir êxitos na próxima época, deixando antever a falada renovação.

Que análise faz a este último jogo da Liga, frente ao Moreirense, e ao facto do título de campeão nacional ter escapado por um ponto?

- Não ganhar este campeonato dói-nos. Perdemos o campeonato em casa com o Estoril derivado, também, a um grande jogo que tínhamos feito frente ao Fenerbahçe. O Benfica não entrou bem neste jogo, acusou falta de concentração face ao desgaste emocional da final de quarta-feira. Não conseguimos jogar na primeira parte dentro do que são as nossas ideias, quer em termos defensivos quer ofensivos. Ao intervalo falámos, clarificámos e conseguimos com três golos a reviravolta. Queríamos fechar com uma vitória, que também nos ajuda a ficarmos mais fortes para a final da Taça de Portugal.

- Já agradeceu o apoio e reconhecimento dos adeptos. O que sentiu ao ouvir a forte ovação quando foi dito o seu nome?

- Os adeptos reconhecem o que a equipa, eu e o presidente temos vindo a fazer aos longo destes três anos. Temos vindo a recuperar muito em relação ao nosso grande rival, que já não ganha campeonatos com 15 pontos de vantagem. Esse carinho para mim é importante, por isso queremos domingo oferecer aos adeptos um excelente jogo e o título da segunda competição mais importante a nível nacional.

- A temporada foi de sucesso?

- Não podemos fazer um balanço porque a época ainda não acabou. Dizem os negativos que o Benfica morreu na praia. Há muitos que morrem afogados pelo meio que não conseguem lá chegar. Só se ganha muitas vezes chegando a muitas finais.

- Houve justiça no campeonato?

- Não vou falar sobre isso. Tenho é que realçar aquilo que o Benfica fez até ao momento. Tomara eu para o ano fazer a mesma coisa e estar em várias finais.

- Consigo?

- Com o Benfica. Volto a dizer: o Benfica tem cultura desportiva, não muda o discursa quando deixa de estar na frente. O Benfica não pode estar 20 anos sem ir a uma final. Não é muito importante voltarmos a falar sobre se fico ou não no Benfica. O presidente já falou comigo, e serão sempre dois anos [de contrato], mas tenho máxima confiança nele.